quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Bandeira

deve o poeta
às mesuras
lamber verrugas
dum bento anel?

melhor seria
sorver cicuta
ambrosia
ao crânio augusto dos anjos!

que tal
dos trapos remelentos
dos fedelhos
cerzir
as listras e cesuras
de uma bandeira?

irmãos de espanto,
ao Muro aferrem
um beijo cáustico!

pra vos torpor,
quantos ares nauseabundos
de pardonnez-moi
será preciso arar?

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