quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Relato

Eu nasci num silêncio
de Ísis sem véu.
Meu primeiro verbo
fez secar o Sol.

Fui por noite enferma
a gemer manhãs,
desnudo de ungüentos,
mil senões por ar.

Fui pelas galés
a coser monções,
expurgo da Lei,
o pender por norte.

Fui por mata escusa
a fremir fragatas,
descido dos astros,
por bem só meus ais.

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