quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ele

Com pés de círio
E um bafejar de abadia eunuca,
O Pai me pesa
– alfarrábios não lidos.

Crava-me fugas no dorso...
E clamo por marinheiros
Das grades do situado,
No indefinível absorto.

Ainda tanto a soar
Sob a mordaça sutil
De quem me adensa e me castra!

Não-quisto, sim, mas viceja
A salvo das reticências,
Onde minha Mãe já não afaga!

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