quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Agora

Que nos podem soprar os crânios
fendidos dos antigos? Proclamo
o parto seco (que rasga e doira)
do ilimitado Agora!

Colega, teu verso lavra uns
gemidos prenhes de lázaros
em rima que à foz repousa a
bradar “Evoé... qualquer cousa”?

Por que nos urges à havida
catatonia litúrgica?
Vê: a toga em ti causa risos.

Baganas: não ambrosia!
Nada de améns: porfia!
Os ácaros não são criativos.

Como explicar a caquéticos tios
nos preparativos da orgia que os
cortejos suplantam a ágape
do viadutos e picapes
de ricos segredos neolíticos
não pagam um LP dos Beatles?

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