quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Contabilidade

Sol negro nas ruas.
Metafísico afago.
O cigarro me necropsia.
Meu silêncio cheira a bebês retalhados.
A cidade acusa Deus com seus dedos de vidro.

A megera febril ni esquelético abraço me põe estilhaços no sangue.

Pulsantes vermes nos sonhos
de cada ser reticente anseiam
“Assassinato!”

Daí as navalhas nos olhos e as vozes de napalm.

Por isso as mães embalam medalhas
ou veem purezas violadas
enquanto em tronos de lama
frígidos gráficos regem
maquinarias macabras!

Nenhum comentário:

Postar um comentário