quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ofício

Soneto que pariu parou-me.
Só dei de si quando houve
tal blitzkrieg de metáforas
por mi'as vias fleumáticas.

No mais das vezes não vale
a pena dar pena ao acre
ofício de artificio uterino:
o feto nos sorve o cassino.

Só marcha de flatos! Lassos
tocando uma! Tão raros
os de se pôr à estante
pra repousar sob Dante!

Se lhe fere seu bote, não xote:
Relaxe que passa o Concorde.

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