quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Legado

Quem me aporá rosas à cripta?
Se os dromedários estultos seguissem
as trompas de Jericó Triunfante
nas primaveras etílicas...

Serenidade de torpe incensário
em aquários esfacelados...
Quem me aporá rosas à cripta?
E que naipe trará ao colo?

Terá olhos de agouro ou de réu,
o Relicário, às névoas virgens?
E sua oferenda nefasta dará
algo além de marsúpios?

Necrosam-me as boas vontades,
ó Golem que me aporá rosas
quando os versos enrugarem
num silêncio de entreposto.

Quem tocará meu princípio,
que quedará partido e alado
nas dobras da Mão Divina
quando tomarem meu sopro?

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